Cinco Loiras e Uma Sentença - 3


Capítulo 3 - Francine

Em um dia de verão fui com minha amiga até o shopping, na verdade eu não era muito fã de bijuterias, comprava às vezes, mas nem sempre, e entrei na loja só porque minha amiga insistiu muito.

Andei pelo lugar observando as coisas, algumas pulseiras, anéis e colares, até tinha gostado de alguns, quando olhei atrás do balcão, quase caí para trás: uma moça de seus vinte e cinco anos, cabelos louros e lisos, compridos, olhos castanhos e um sorriso lindo! Eu quase babei ali na hora, mas nada disse, aquele dia fiquei apenas observando e acabei descobrindo que o nome dela era Francine.

Depois disso, comecei a ir toda semana ao shopping para ver a “loira do shoppis” como eu comentava com uma amiga minha, a Marcela.


- Jéssica, você não tem jeito mesmo! – ela me dizia sorrindo, e eu levantava os braços respondendo na maior inocência:

- Mas eu não fiz nada! Além do mais, olhar não tira pedaço! – e mostrava a língua para ela, que ria sem parar.

Toda semana eu me encontrava com Marcela e contava sobre Francine, como ela era linda e perfeita, eu queria tanto que acontecesse alguma coisa! Mas digamos que de vez em quando eu era um pouco tímida, ou seja, não conseguia nem dar oi direito para ela.

Houve um dia que eu quase pirei com o que aconteceu e cheguei à casa doida para ligar para Marcela e contar! Bom o que houve foi que eu fui para o shopping e quando cheguei à loja, procurei-a e a vi perto de uma vitrine. Fui até ela para dar oi.

- Oi. – eu disse chegando perto. Ela abriu um grande sorriso e respondeu:

- Oi! – e então aconteceram os dois beijinhos na bochecha.

Fiquei pela loja olhando tudo e então nós tinhamos que ir embora, eu queria tanto dar beijinho nela de tchau, mas fiquei com tanta vergonha! E eu já estava quase na porta da loja, e ela mais adiante. Eu não ia despedir-me dela, quando aos poucos, ela foi chegando mais perto... Até ficar perto de mim e da minha amiga.

- Então tchau Fran, até mais. – despediu-se minha amiga, dando os beijinhos nela.

Há! Ali estava minha grande oportunidade. Fui eu dar tchau para ela:

- Tchau Fran.

- Mas já vai? – eu quase morri com esse ‘já vai?’, do tipo: ‘por que não fica mais?’ É! só eu para pensar essas coisas em frações de segundo.

- Sim, sim, já.

E ao dar o beijo na bochecha, sabe quando você vai abraçar a pessoa e leva a mão direita até as costas da pessoa? Pois então, eu e ela fomos fazer isso na mesma hora e aconteceu que nossas mãos acabaram se segurando, e demos tchau. Eu juro que quase dei gritinhos ali de felicidade, mas achei melhor ficar calada. Despedimo-nos e saímos da loja. Ao chegar a casa, eu liguei para minha amiga e disse:

- MÁ! AH! Você não vai acreditar! – ouvi uma risada do outro lado da linha e depois a voz dela:

- Okay, pode ir contando senhorita Jéssica! – aí eu contei tudo para ela.


- Você é boba ou o quê, Jéssica? – Marina perguntou-me com um tom de ironia nas palavras.

- Por quê? – eu olhei-a sem entender.

- Com qualquer coisa, toque ou palavra você fica tão alvoroçada! – aí foi explosão geral de risos das cinco louras ao meu redor.

- Há Há Há. – eu disse com cara de poucos amigos. – Sabia que é bom ser feliz? É legal rir por tudo? Já ouviu falar que é chato ser normal? – disse mostrando a língua.

- Mostrando a língua como se fosse criança! – Fran disse dando risada. Há, aí foi a minha deixa:

- Mas bem que você gosta do que essa língua é capaz de fazer! – bom, eu juro que nessa hora eu quase fui uma mulher morta!

Primeiro que estourou uma risada das outras três loiras, a Fran ficou vermelha como um pimentão e fechou a boca e a Marina, bem... Se olhar matasse...

- Acho que você está a fim de perder essa língua, não é, Jéssy? – ela perguntou me fuzilando com o olhar. Eu engoli em seco e disse:

- Posso continuar a história?

- Okay, vai em frente, mas sem gracinhas! – ela disse voltando a encostar-se á poltrona.

- Então, continuando...


Depois disso eu passei alguns dias sem ir ao shopping, muito trabalho da faculdade. Passaram-se duas semanas, e então eu resolvi ir ao shopping, sozinha.

 Quando cheguei à loja de bijuterias, era hora do almoço, não tinha ninguém na loja, apenas as atendentes que conversavam entre si. Entrei e logo encontrei com o olhar Francine, que estava debruçada no balcão. Quando me viu, veio me cumprimentar.

- Oi Fran! – eu disse sorrindo.

- Oi Jéssica! Quanto tempo! – ela me abraçou e eu quase fui até o céu.

Começamos a conversar e eu não parava de encará-la o tempo todo. Os olhos me hipnotizaram, e a blusa rosa decotada também não dava trégua.

- O que foi? Tem algo errado comigo? – ela perguntou sorrindo e olhando para si mesma.

- Por quê? – eu perguntei confusa.

- Porque você não para de olhar para mim! – ela riu e aí eu ri de nervoso, devo ter ficado vermelha até os ossos.

- Ah não é nada...

- Agora fala! – ela sorriu para mim e eu não agüentei:

- É que você é linda demais! – eu abaixei a cabeça depois de dizer o elogio e ela sorriu, levantando-a.

- Você é muito gentil, sabia? – eu sorri toda feliz.

Ela olhou para os lados com um sorriso nos lábios, digamos... Meio diabólico.

- Vem comigo? – ela perguntou segurando em minha mão.

Eu apenas deixei-me levar e fui atrás dela. Abrimos a porta que dava para dentro da loja, subimos as escadas e lá em cima ficavam muitos armários e prateleiras com o estoque de várias bijuterias. Paramos no meio de tudo e nos olhamos.

- Eu... Não sei o que você quer... – eu disse ainda hesitante com a atitude dela.

- Bom, eu nunca fiz nada com uma mulher, então... Se você não sabe o que eu quero e nem como fazer, descemos agora.

Eu abri um sorriso de orelha a orelha e respondi:

- Eu disse que não sabia o que você queria, e não o que fazer. Eu sei muito bem o que fazer.

Empurrei-a até a parede e beijei seus lábios, fazia séculos que eu reprimia essa vontade. Beijei-a até ficarmos sem fôlego, depois desci os lábios para o seu pescoço enquanto minhas mãos desciam até sua cintura. O vestido facilitou bastante as coisas, e ela começou a gemer enquanto minha mão descia entre suas pernas, movimentando-se ora rápido, ora mais lentamente.

Meus lábios e língua desceram até seus seios que já estavam desnudos e as mãos dela estavam ora em meus cabelos, ora arranhando minhas costas. Ela gemia, gritava e ofegava, falando meu nome e me arranhando e...


Eu recebi uma almofadada na cara e logo depois um grito ecoou na sala:

- Não precisa contar os detalhes! – Francine disse a autora da almofadada.

- Por que todo mundo quer me bater? Que saco! – eu bufei. – Estou apenas contando a história, vocês que pediram!

- Ok, essa parte todas entenderam. – disse Marina, com um sorriso nos lábios. – Você não vale nada!

- Mas eu gosto de você! – eu terminei a frase da música com um sorriso nos lábios, o que logo se desfez com um tapa que a Marina me deu no braço.

- Hey, calma! Isso doeu! – eu disse acariciando o lugar vermelho.

- Então, vai ou não vai continuar essa história? – ela perguntou já de saco cheio.

- Vou! Então logo depois disso eu continuei indo ao shopping com freqüência, e saía com a Francine, até...

- Até que você conheceu essa “zinha” aí. – Francine disse com desdém olhando para Fabiana.

- Meu nome é Fabiana! E ela te trocou por mim sim! – ela disse sorrindo.

- É! Eu queria saber como que isso aconteceu. – Francine disse cruzando os braços, ela ficava linda brava! Descobri que ela às vezes era bem dominadora, o que na cama era ótimo e...

- Conta logo Jéssica! – a voz estridente de Marina me tirou do devaneio.

- Okay, okay vou contar! Calma! – arrumei o lençol no meu corpo e comecei a narrar mais uma história.

- Eu passei uns dias sem ir ao shopping, e então que uma amiga minha quis ir ao outro shopping da cidade para ir á loja de roupas, eu não estava muito a fim de ir, mas dei graças a Deus depois por ter ido, pois foi aí que conheci a Fabiana...

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