Love Game: 7 - Apenas O Começo


Capítulo 7 – Apenas O Começo

Eu estava vestida como a ocasião pedia: calça colada preta, blusa regata, cabelos em um rabo-de-cavalo e óculos escuros. Chegara o dia tão esperado da excursão. Eu estava na frente do ônibus, perto do motorista, com uma lista de nomes na mão. Os alunos estavam animados, conversando lá no fundo.

O ônibus estava lotado. A única pessoa que faltava era Paola, sempre ela! Eu tentava aparentar calma, mas por dentro tinha medo de que ela não fosse. De repente, ouvi uma voz ao meu ouvido, atrás de mim:

- Desculpe o atraso. – sorri e dei espaço, virando-me.

 - Só faltava você. – respondi, olhando um lugar para ela.

            Como eu previra. Todos os lugares ocupados, menos... Aquele banco ao meu lado. Disse:

- Bom como você demorou, o único banco vago é esse aqui na frente, ao lado do meu.

- Sem problemas. – sorriu para mim e colocou a mochila no bagageiro, deixando o travesseiro ao seu lado, no banco.

            Conferi a lista, fazendo uma chamada, após constatar que todos estavam ali, disse ao motorista que poderia sair com o ônibus, todos estavam presentes. Mais outros dois ônibus também estavam saindo da escola àquela hora da manhã. O do 8º com a Helena e o do 3ºB com Camila.

            Sentei-me ao lado de Paola, enquanto o motorista já começava a fazer o caminho. Lá atrás, eu ouvia os alunos conversando animados, brincando, não haveria maiores problemas. Sorri ao ouvir a voz ao meu lado sussurrar no meu ouvido:

- Sally, você fica muito mais bonita sem os óculos escuros. Eu adoro os seus olhos.

            Retirei os óculos, olhando para ela, que sorriu para mim.

- Achei que não vinha.

- Eu tive uns problemas. – suspirou. – Mas eu disse que viria.

            Senti que ela tinha alguma coisa que escondia de mim, um mistério. Mas não quis perguntar, não queria estragar nossa viagem. Além do mais, quem que não tem seus pequenos segredos?

            O problema de sentar bem nos primeiros bancos, é que o motorista estava bem à frente, mas como ele tinha que ficar de olho nas ruas e estradas, não era um problema tão grande assim. Pelo menos, ninguém mais ficaria de olho no que estávamos fazendo.

- Eu estava com saudades... – sussurrou em meu ouvido. Estava bem próxima, tremi.

- Eu também... Não estou me aguentando... – sussurrei de volta.

            Mas eu tive que esperar. Pelo menos até que chegássemos na estrada. Disse que já voltava e levantei, andando pelo corredor até o fundo, ficando um pouco lá, conversando com alguns alunos. Todos me elogiavam e queria que eu sentasse perto deles. Fazia a vontade dos pobres coitados, mais minha vontade era voltar pra frente.

            Depois de um tempo, resolvi voltar, mas estaquei antes de chegar ao banco. Paola conversava animada com uma garota chamada Bianca, que estava no banco de trás. Fuzilei-as com o olhar. Como ela ousava? Estava na viagem porque EU havia chamado-a. Sim, eu sou mimada, e daí?

            A garota virou-se em minha direção e quando me viu, calou a boca na hora. Sorri de canto, aproximando-me e dizendo:

- Parece que fez novas amizades. – aquela filha da mãe da Paola quase riu na minha cara. Sabia que eu estava com ciúmes dela.

- Claro, Bi estava me contando sobre o que ela quer fazer depois que acabar o colegial. – ela teve a cara de pau de responder. E como assim, Bi?
           
            A garota concordou com a cabeça, animando-se a falar, mas com o olhar que eu lhe lancei, ela achou melhor continuar calada. Mas uma garota lá do fundo a chamou:

- Bi, vem cá! Preciso te mostrar uma coisa! – Marta disse rindo. Ela levantou-se murmurando uma “Licença” e foi lá para o fundo.

            Sentei-me ao lado de Paola, com a cara fechada. Ela tinha um sorriso divertido no rosto, dizendo:

- Adoro quando você fica com ciúmes. – virei para ela e disse:

- Às vezes eu tenho vontade de te matar! – sim eu estava com raiva. Ela fez um carinho em meu rosto e disse:

- Me mata de amor.

            Senti-me estremecer ao ouvir aquela palavra. Eu não gostava dela... A única coisa que eu tinha medo, e ninguém sabia, era o amor. Tinha medo de me apaixonar, por isso, dizia para mim mesmo que era só sexo. Talvez um carinho a mais, mas só.

            Olhei-a dentro dos olhos, que sorriam para mim. Não sei como, mas nos entendíamos. Eu sabia, ela também tinha medo. Mas por alguma razão... Estava deixando acontecer, sem pressa, sem pensar no depois.
           
            Bem chega de sentimentalismo. Isso não é pra mim, ficar admitindo coisas, prefiro a ação. Abriu um sorriso malicioso e ela entendeu. Os alunos que estavam nos bancos próximos tinham ido lá para o fundo. O pessoal de lá cantava e tocava alguma coisa. Perfeito!

            Continuei sentada de lado no banco, virada para ela, que estava sentada perto da janela. Abri o botão e o zíper da sua calça jeans, colocando minha mão entre suas pernas. Ela suspirou, percebi o quão molhada ela estava.

- Uau prontinha para mim. – sorri beijando rapidamente seu pescoço.

- Sério... Você está me enlouquecendo, fico fora de mim...

            Sorri, enquanto movimentava meus dedos dentro dela, sentindo-a contorcer-se, enquanto friccionava seu clitóris. Fazia movimentos circulares, explorando-a, sentindo-a, ouvindo seus gemidos baixos perto do meu ouvido. Eu estava no comando de novo, adorava dar prazer e poder controlar a intensidade das coisas.

            O problema: eu estava ficando super excitada com aquilo, sentia seu corpo todo tremer enquanto a tocava. Ia ficar louca se não sentisse sua língua invadindo-me. Olhei em volta: ninguém. O motorista bem concentrado na estrada, além da porta que até o meio, não se deixava ver nada. Os alunos todos lá no fundão, os bancos ao nosso redor vazios.

- Eu preciso sentir sua boca em mim, com urgência. – disse, enquanto ela ainda rebolava em meus dedos. Olhou-me confusa.

- Mas... Não é muito arriscado?

- Faz o que estou mandando! – disse incisiva. É eu estava completamente louca.

            Retirei meus dedos de dentro dela e Paola, ao olhar e perceber que não tinha ninguém prestando atenção ajoelhou-se naquele espaço mínimo e abaixando um pouco minhas calças, fez o que mandei.

            Senti sua língua quente invadir-me. Fechei os olhos, pendendo a cabeça para trás. Ela tinha fome, sugava-me e lambia-me com intensidade, saudade. Eu sentia meu corpo tremer em espasmos cada vez mais fortes, não sabia o que aquela garota fazia comigo, mas sabia me tirar de mim.

            Explodi em um gozo intenso, enquanto ela lambia meu líquido. Depois se sentou ao meu lado satisfeita, suspirando. Quando me dei conta do risco que tinha corrido...

- Eu sou totalmente louca, né? – comecei a rir de histeria, enquanto ajeitava-me. Agora estava até mole...

- Eu também. – sorriu, segurando minha mão, entrelaçando meus dedos nos seus. Deitou a cabeça em meu ombro e ficou ali.

            Depois de um tempo, o pessoal começou a voltar para os seus lugares, conversando. Olhamos uma para outra, sorrindo. Ela voltou a encostar-se em mim e ficou. Minha cabeça estava a mil. Mas como sempre... Resolvi deixar para pensar em outra hora. Deixei-me curtir o momento. 

2 comentários

  1. Olá, boa noite!
    Passei por aqui pra te parabenizar.
    Você escreve divinamente bem, estou encantada com o "Love Game", passo por aqui todos os dias pra verificar novos posts. Seus personagens foram muito bem construídos em personalidade e pensamentos, sem contar extraordináriedade dos detalhes e das descrições, ufa! Tô apaixonada!! Parabéns, beijo grande e mto obrigada por compartilhar essas maravilhas conosco.

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  2. Oie bom noite! Muito obrigada! Fico muito feliz que esteja gostando dessa história! Eu adorei escrevê-la, foi muito bom! Espero que continue acompanhando e comentando, isso vale muito para mim! *-* Beijos!

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