Um Amor Além da Vida: 14 - Festa à Fantasia. parte 2.



Cap 14 – Festa á Fantasia. parte 2.

            Aquela noite foi a mais incrível de toda a minha vida, uma noite inesquecível! Eu amava Priscila mais do que tudo, e não conseguia mais esconder, havia decidido que eu iria dizer a ela naquela mesma noite. Dançamos na varanda, e justo aquela música! Ela sabia que eu amava aquela música, e que tinha dedicado a ela. Eu dei a ela um colar com uma esmeralda, pequena, para que ela sempre se lembrasse de mim. E como sempre, Carla chegou para nos atrapalhar, nos empurrando para o meio do povo dentro da casa.

Até que a festa estava legal, dançamos bastante, aproveitando a festa. As músicas eram ótimas, e o pessoal bem animado, algumas pessoas bêbadas pra lá, outras pagando mico pra cá, o de sempre. Em um momento da festa, fui até a cozinha da casa pegar uma bebida, e percebi que Carla veio atrás de mim.

- Curtindo a festa? – ela perguntou.

- Claro. – eu sorri, respondendo.

- Você acha que é sério mesmo? Com a Priscila?

- Da parte dela eu não sei, mas da minha é completamente.

- Torço por vocês, viu? Acho que combinam bastante.

- Obrigada.

- Vê se cuida dela direito, ok?

- Pode deixar comigo. – eu voltei a sorrir e ela também. Carla preparou-se para sair dali dizendo:

- Vou deixar as duas à sós agora.

Voltei para o lugar onde eu havia deixado Priscila, no meio da multidão em algum sofá, e sentei-me ao seu lado, entregando uma bebida para ela.

- O que a Carla queria contigo? – ela perguntou levantando uma sobrancelha, como se não conhecesse a amiga.

- Nada de mais, bobagens.

Sorrimos uma para a outra. Estávamos cansadas de tanto dançar, suadas, mas pelo menos felizes e satisfeitas. Até que uma música começou a tocar. Olhamos-nos sorrindo, cúmplices, e levantamos correndo passando pelo meio das pessoas, até chegar no lugar onde as pessoas tinham feito de pista de dança.

A música começou lenta, tocando os primeiros acordes e fazendo o povo enlouquecer. Eu preciso comentar sobre a letra da música, por ter dado tão certo com nosso momento. Espero não cansar ninguém, mas nós duas sempre fomos amantes da música e suas letras que transmitem tantos sentimentos.

“Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você
Você é como tocar o paraíso
Eu quero muito abraçar você
Enquanto finalmente o amor vem chegando
E eu agradeço a Deus por estar viva”

Dançávamos uma de frente para a outra, cantando a plenos pulmões a música já tão conhecida. Ela tinha um brilho diferente nos olhos, quando olhava nos meus, talvez porque eu a olhava diferente, eu cantava somente para ela. E ela sabia disso.

“Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você
Perdoe o jeito que eu te encaro
Não há nada igual para comparar
Um suspiro seu me deixa bamba
Não há mais palavras a dizer
Então se você sente o que eu sinto
Por favor, me permita saber que é real
Você é bom demais pra ser verdade
Eu não posso tirar meus olhos de você”

E quando dizíamos ‘eu não posso tirar meus olhos de você’, apontávamos uma para a outra, apenas nos divertindo. Segurei-a pela cintura, puxando-a mais para perto, girando com ela para os lados. Soltei-a sussurrando em seu ouvido:

- Você parece uma menininha, sabia?

Ao qual ela sussurrou de volta, mordendo a ponta da minha orelha:

- As aparências enganam. – em seus lábios um sorriso maroto aparecia.

“Eu te amo, baby, e se isso estiver certo
Eu preciso de você, baby, pra esquecer as noites solitárias
Eu te amo, baby, acredite em mim quando eu digo
Eu te amo, baby, eu rezo pra você não me deixar mal
Eu te amo, baby, agora que eu te encontrei, fique
E me deixe te amar, baby, deixa eu te amar. “

Nossos corpos estavam longe um do outro, então eu segurei em sua mão e a puxei para perto de mim, fazendo-a girar e parar de frente pra mim, depois a girei novamente e ela voltou a ficar longe. Ficamos nessas danças, curtindo e cantando, sem nos importarmos com nada. Àquela hora era tão... Preciosa, inocente... Apenas curtíamos o momento, tanto, que a maioria das pessoas fez uma roda em volta da gente, nos vendo dançar e aplaudindo.

Quando a música acabou, fizemos uma reverência e saímos do meio das pessoas, que voltaram á dançarem ao som de outra música. Começamos a rir, e sem querer fomos em direção ao jardim da casa.

- Foi muito bom! – Priscila comentou, sorrindo.

- Realmente divertido! – eu disse sorrindo também.

- I Love you baby! – ela ainda cantava, e eu somente sorria, adorava ouvi-la cantar.

O jardim que tinha na frente da casa em que estávamos era grande e lindo, com flores e algumas árvores. Priscila parou no meio do gramado, e eu parei também. Ela sentou-se no chão e eu sentei ao seu lado. Olhávamos as estrelas novamente, ouvindo a música distante.
Dentro da minha cabeça uma guerra se desenrolava. Eu precisava contar á ela que a amava, mas eu não queria, não sabia como ela ia reagir. Tinha medo de sua reação, de me deixar ali sozinha e ir embora, dizer que me odiava... Como é possível pensarmos tudo de ruim que pode acontecer nessas horas, não é?

Acabei resolvendo que ia contar, eu não conseguiria mais esperar.

- Hey... Eu precisava te dizer uma coisa...

Eu comecei com a voz baixa, mas bastou eu dizer isso para que sua atenção passasse das estrelas para mim repentinamente. Ela me olhou nos olhos, ainda sorrindo e disse:

- Diga.

- É que eu... Eu... – fiquei indecisa, mas ela continuava a esperar uma resposta. Então, eu disse de uma vez:

- Eu gostava de você.

- Gostava? – ela levantou uma sobrancelha.

- Não, ainda gosto. – eu olhei para ela, mas sua expressão não mudara. Ela olhou para o céu, dizendo:

- Também gosto de você. – ela voltou a olhar em meus olhos.

Eu não podia acreditar... Não podia ser...

- Só como amiga?

- Não. – ela voltou a olhar para o céu.

Eu sorria de felicidade, pra mim era inacreditável! Totalmente impossível que fosse verdade.

- Jura Pri? – ela olhou pra mim, respondendo:

- Claro. Por que você eu acha que eu sempre te disse “Je t’aime”? Todos foram de verdade.

- Eu acho que estou sonhando. – eu sorria, completamente abobada.

- Não está não. – ela sorriu pra mim também, segurando minha mão.

Meu coração pulava de felicidade, eu parecia uma criança ansiosa por abrir um presente, e ela percebeu.

- Eu te amo tanto Priscila... – eu disse olhando nos seus doces olhos castanhos. E ela sorriu aquele sorriso encantador que eu tanto amava.
- Eu te amo também Clarice.

Não me agüentando mais, sorri, depois fui chegando com a cabeça mais perto dela, até chegar em seu pescoço, fechei os olhos e devagar encostei meus lábios ali, sentindo os pelos dela arrepiarem. Priscila fechou os olhos também, e eu comecei a beijar seu pescoço, dando leves mordidinhas e lambidas. Afastei-me um pouco e olhei-a nos olhos, passando o dedo em seus lábios, sentindo-os.

- Eu preciso beijar esses lábios.

- Realize seu desejo. – ela me disse, sorrindo.

Eu sorri também, e a beijei, mordiscando seus lábios. Nossas línguas se entrelaçaram, dançando, conhecendo... O beijo foi aprofundando-se, e minhas mãos estavam em seu pescoço, enquanto as dela na minha cintura.  Eu sussurrei contra os seus lábios:

- Eu quero você, agora. – continuei beijando-a, e ela me respondeu:

- É tudo o que eu desejo. – ela me deu um selinho, levantou-se e disse estendendo a mão pra mim:

- Vamos?

- Só se for agora! – eu levantei e puxei-a pela cintura, beijando-a mais uma vez, sorrindo.

Subimos na minha moto, entreguei pra ela um capacete e peguei o outro. Carla chegou ao jardim a tempo de nos ver saindo.

- Por favor, tenham juízo!

Nós duas rimos e Priscila respondeu:

- Pode deixar!

- Boa sorte! – foi o que conseguimos ouvir antes que eu arrancasse com a moto.

Eu andava entre os carros, com o vento da madrugada batendo nos nossos rostos, enquanto Priscila me abraçava forte por trás. Estávamos indo para minha casa, apesar de eu não acelerar muito, tinha urgência em chegar lá. 

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